Batatais está bem acima da média nacional de mulheres ocupando cadeiras no Legislativo

Ao todo, mais de 58 mil pessoas foram empossadas no início deste ano para a atual legislatura nas câmaras municipais para o mandato de 2025 a 2028 em todo o Brasil. As informações constam nos registros do TSE.

Embora as mulheres representem 51,5% da população brasileira, conforme o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas câmaras municipais, elas vão ocupar menos de 20% das cadeiras. Sul, Nordeste e Norte são as regiões com maior percentual de mulheres eleitas, 19,74%, 19,48% e 19,1%, respectivamente. Com pouco menos, 18,59%, aparece o Centro-Oeste. O pior percentual de participação feminina se dá no Sudeste, onde apenas 15,67% das vagas do Legislativo municipal serão ocupadas por mulheres. 

Apesar do crescimento de mulheres eleitas vereadoras, os números ainda estão bem abaixo do percentual que elas representam entre os brasileiros que votam. Dados da Justiça Eleitoral de julho de 2024 apontam que 81,8 milhões de eleitores são do sexo feminino, representando 52,4% do total de cidadãos aptos a votar em outubro. Os homens somam 74 milhões, 47,5% do total.

BATATAIS ACIMA DA MÉDIA

A nossa cidade, na atual legislatura, está bem acima da média nacional, de vagas ocupadas por mulheres. Na verdade, mais que o dobro, pois das 15 cadeiras, cinco (um terço) estão ocupadas por mulheres, chegando a 33,33%. A média nacional, de acordo com o TSE, é de 16% de cadeiras ocupadas por mulheres. Batatais está avançando, muito acima da média nacional e, especialmente na Região Sudeste, a mais conservadora do país, com o mais baixo percentual de participação feminina, onde apenas 15,67% das vagas do Legislativo municipal estão ocupadas por mulheres. 

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AO REDOR DE BATATAIS

Um levantamento rápido que fizemos aqui ao redor de Batatais, com 10 cidades, destaca Batatais na liderança do quesito mulheres no Legislativo.

Batatais 05 mulheres para 15 cadeiras = 33,33%

Altinópolis 03 mulheres para 11 cadeiras = 27,27%

Franca 03 mulheres para 15 cadeiras = 20%

Jardinópolis 03 mulheres para 13 cadeiras = 23,08%

Morro Agudo 01 mulher para 09 cadeiras = 11,11%

Nuporanga 01 mulher para 09 cadeiras = 11,11%

Orlândia 01 mulher para 11 cadeiras = 9,09 %

Ribeirão Preto 03 mulheres para 22 cadeiras = 13,64%

Sales Oliveira 01 mulher para 09 cadeiras = 11,11%

S. José da Bela Vista 02 mulheres para 09 cadeiras = 22,22%

S. Joaquim da Barra 03 mulheres para11 cadeiras = 27,27%

Ainda de acordo com o TSE, o Brasil tem apenas 45 municípios entre os 5.568 que realizaram eleições municipais em 2020 com maioria de mulheres na composição das câmaras de vereadores. Esse número não chega a 1% do total dos municípios e o fenômeno acontece em pequenos municípios.

PARA FAZER JUSTIÇA

A cota de 30% de vagas para mulheres nas eleições proporcionais que tem que ser cumprida pelos partidos desde 2020 para concorrer a cadeiras na Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, assembleias legislativas e câmaras municipais é injusta e discriminatória. Se há mais mulheres eleitoras, do que homens, deveria ser o contrário, mas para que se faça justiça, a lei deveria exigir que cada agremiação partidária reservasse 50% das vagas para cada lado. Em poucos anos haveria equilíbrio nas casas legislativas e a justiça prevaleceria.