7 de Setembro: Independência de verdade ainda está por vir!
- Editor BN
- há 20 horas
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Há mais de dois séculos repetimos o mesmo ritual: bandeiras nas ruas, discursos oficiais, palanques cobertos de verde e amarelo. E sempre a mesma narrativa: em 1822, o Brasil teria conquistado sua independência. Mas a verdade, nua e crua, é que esse grito do Ipiranga foi apenas uma encenação. Nunca fomos realmente livres.

A independência não passou de uma barganha: pagamos caro à Inglaterra para sermos aceitos como nação “livre”. De lá em diante, a cada geração, um novo senhor se apresentou para ditar nossas regras - primeiro Londres, depois Washington, depois o FMI e os mercados financeiros globais. Sempre o mesmo enredo: riquezas entregues, povo explorado e elites nacionais de joelhos, fiéis aos interesses estrangeiros.
E quando o Brasil ousou levantar a cabeça, vieram os golpes. Em 1964, com apoio descarado dos EUA, as elites traíram o país e entregaram nossa soberania aos militares e ao capital estrangeiro. Mais recentemente, vimos a extrema direita tentar, mais uma vez, transformar o Brasil em colônia política, submissa ao ultraliberalismo e ao fundamentalismo antidemocrático. Sempre o mesmo script: elites entreguistas contra o povo.
Mas o Brasil não é feito das elites. O Brasil é feito do povo - um povo trabalhador, resiliente, criativo, que não tem a índole da guerra, mas que sabe resistir como poucos. Um povo que já enfrentou ditaduras, já derrotou projetos golpistas, e que segue de pé, mesmo diante das maiores crises.

Hoje, começamos a escrever uma nova página. A entrada no BRICS representa mais do que economia: é um ato de rebeldia geopolítica. É o Brasil dizendo ao mundo que não aceita mais ser quintal de ninguém, que busca construir sua própria voz, seu próprio destino.
E com o fracasso da extrema direita em 2023, a democracia mostrou sua força. Não foi apenas uma vitória das instituições, foi a vitória da esperança popular contra a submissão eterna.
Por isso, este 7 de setembro não pode ser apenas comemoração: tem que ser um chamado à luta! A verdadeira independência ainda está por vir. Dependerá da nossa capacidade de defender a democracia, de enfrentar as elites que sempre venderam o país, e de apostar no povo como protagonista.
O Brasil pode, sim, ser uma grande potência nas próximas décadas. Não pela força das armas, mas pela força da sua gente. Um povo que não agride outras nações, mas que resiste, persiste e insiste em sonhar.
Que o grito de 1822 ecoe, finalmente, em 2025 e nos anos que virão. Independência de verdade! Soberania popular! O Brasil não será colônia nunca mais!
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