Vereadora Dra. Débora Agnesini: Emoção e resiliência
- Editor BN

- 4 de set.
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de set.
Câmara de Batatais adia projeto que garantiria sensores de glicose a crianças diabéticas, mas vereadora promete manter a luta.
Na sessão do dia 2 de setembro, a Câmara Municipal de Batatais testemunhou um dos discursos mais emocionados da vereadora Dra. Débora Agnesini. A médica e parlamentar, visivelmente sensibilizada, relatou sua recente ida a São Paulo, onde participou de uma audiência pública presidida pelo vereador Thammy Miranda sobre a disponibilização de sensores de glicose para crianças diabéticas. O encontro na capital paulista foi um contraponto direto à realidade vivida em Batatais: aqui, o Projeto de Lei nº 4356/2025, de sua autoria, que previa medida semelhante, encontra-se paralisado por questões jurídicas.

DRA. DÉBORA OCUPANDO CADEIRA NA MESA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA EM SP
Um projeto interrompido, mas não esquecido
O texto apresentado por Dra. Débora autoriza o município a fornecer sensores subcutâneos e aparelhos digitais de monitoramento contínuo de glicose a crianças de 2 a 12 anos com diabetes mellitus tipo 1, conforme prescrição médica. O público prioritário seria composto por pacientes de baixa renda, cadastrados na Secretaria Municipal de Saúde.

DRA. DÉBORA NA TRIBUNA DA CÂMARA EM BATATAIS
FOTO ÉRICA CARDEAL DA ASSESSORIA DE IMPRENSA DA CÂMARA
O projeto previa ainda que a Prefeitura poderia firmar convênios com órgãos federais e estaduais, além de abrir créditos adicionais para custear a medida. Os critérios técnicos e operacionais para a distribuição ficariam sob responsabilidade da Secretaria de Saúde.
Apesar do embargo temporário por incompreensões legais, a vereadora garante que a proposta não está descartada. “Ainda há caminhos a trilhar, e eu não vou desistir”, declarou.
Tecnologia contra dor e desgaste
Como médica, Dra. Débora destacou o impacto real que os sensores podem trazer na vida das crianças e famílias que convivem com o diabetes tipo 1. O método tradicional de controle exige múltiplas “picadas no dedo” ao longo do dia, causando dor, desgaste emocional e, muitas vezes, reduzindo a adesão ao tratamento.

DRA. DÉBORA COM ADVOGADAS DRAS. LÚCIA E ELOISA EM SP
Já os dispositivos modernos, como o FreeStyle Libre, realizam leituras contínuas por meio de um pequeno sensor subcutâneo, aplicado no braço. Cada sensor dura cerca de 14 dias, oferecendo dados em tempo real, alertas de variações e histórico das últimas horas. Estudos comprovam benefícios concretos:
Redução de episódios de hipoglicemia grave;
Melhor controle metabólico e maior qualidade de vida;
Menos internações por descompensações;
Mais autonomia e segurança para pacientes e familiares;
“Na prática, isso significa menos sofrimento e mais dignidade”, explicou a vereadora.
Amparo legal e inspiração externa

DRA. DÉBORA COM O VEREADOR TAMMY MIRANDA E COM O DEPUTADO ESTADUAL ELTON JR EM SP
O projeto se apoia em experiências já aplicadas em cidades como São Paulo e Ribeirão Preto, entre muitas outras, e está em consonância com os princípios constitucionais do direito à saúde (art. 196), da dignidade da pessoa humana e da proteção integral à criança e ao adolescente (art. 227).
Diante da paralisação jurídica, Dra. Débora não escondeu a frustração, mas deixou claro a sua disposição em continuar a luta. A causa, acredita ela, deve superar as barreiras burocráticas, pois trata-se de garantir às crianças diabéticas de Batatais, não apenas melhores condições de saúde, mas também um futuro com mais qualidade de vida. A vitória certamente virá, pois à médica-vereadora, não falta emoção nutrida por resiliência.
LINK 1
VEREADORA DRA. DÉBORA NA CÂMARA DE BATATAIS
LINK 2
VEREADORA DRA. DÉBORA NA AUDIÊNCIA EM SP





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