O imperialismo e a luta pela unidade Latino-Americana
- jornaldeapoioedito
- 3 de jul.
- 2 min de leitura
A história dos povos latino-americanos é marcada por lutas de emancipação, golpes e resistências. No centro desse embate, encontramos um antagonista claro: o imperialismo norte-americano, que, sob o disfarce da democracia, perpetua um modelo de exploração e domínio interno e externo pelas suas indestrutíveis oligarquias. Os Estados Unidos, que se apresentam como guardiões da liberdade, constroem seu império através da manipulação política, econômica e midiática, promovendo a fragmentação dos povos para garantir seu controle.
O modus operandi da potência estadunidense é conhecido e amplamente documentado por financiarem golpes, imporem sanções, desestabilizarem governos e usarem suas multinacionais para se apropriarem de recursos naturais e riquezas verdadeiras. Cada país tem suas cicatrizes deixadas pelos golpes ditatoriais do passado e as novas feridas geradas pelos guerras hibridas da atualidade.
A estratégia é clara: dividir para dominar. Através dos meios de comunicação que controlam pelo dinheiro, propagam o medo, fomentam o individualismo e criam falsas dicotomias entre direita e esquerda, transformando as disputas ideológicas em trincheiras que impedem a unidade popular nos países latino-americanos que eles consideram seu quintal.
A privatização da água, das fontes de energia, da saúde e da educação é uma tática recorrente para nos fragilizar e tornar nossa soberania refém de interesses externos. O Brasil e toda a América Latina possuem riquezas necessárias para serem potências econômicas e sociais, mas, enquanto não houver uma consciência coletiva sobre a necessidade de resistência e união, seremos reféns do mesmo ciclo de saques, intervenções e golpes.
A resistência à pilhagem neoliberal passa por um fortalecimento da integração regional. Precisamos construir um bloco econômico independente, que negocie sem depender do dólar, que promova uma agricultura livre de venenos e da ganância do agronegócio, que eduque suas novas gerações com pedagogias libertadoras e que proteja nossos biomas, especialmente a Amazônia e o Pantanal, essenciais para o equilíbrio do planeta.
Enquanto Wall Street especula, boa parte dos povos em nossa região passa fome. Cabe a nós, como cidadãos conscientes, escrever nossa própria história, rompendo as amarras que nos prendem ao neocolonialismo. Precisamos recuperar nossa dignidade, nossa soberania e passar a traçar o nosso rumo.
Não se negocia a soberania. É necessário defendê-la por todos os meios. E essa defesa exige a construção de um projeto político, econômico, social e cultural que fortaleça nossa unidade. A liberdade não será concedida por aqueles que nos exploram; ela será conquistada por um povo que entende seu verdadeiro potencial.
O Brasil pode e deve ser grande. Cabe a nós a missão histórica de fazer com que todos saibam disso.
Commentaires